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22/09/2013

Espionagem americana no Brasil


O Brasil e os Estados Unidos são países com boas relações diplomáticas e muitas relações comerciais. Pensando dessa forma, não haveria qualquer motivo para que as agências de segurança norte-americanas realizassem espionagem no território brasileiro. Mas será que somente países inimigos fazem interceptação de informações?
 As revelações sobre a extensão da espionagem dos Estados Unidos sobre o resto do mundo já provocavam reações erráticas do governo brasileiro, mas isso ficou ainda mais evidente agora que o Brasil virou alvo dos ‘grampos’ da Agência de Segurança Nacional dos EUA.
Nas últimas semanas, surgiram novas denúncias de que os Estados Unidos estariam espionando pessoas em todo o mundo, graças a sistemas de rastreio infiltrados em serviços como Facebook, Google e Skype, além de redes móveis e outras conexões de dados. O grande destaque desta vez é o embasamento das informações, pois elas vêm de um ex-agente da CIA e somam mais de 5 mil documentos.
E algo que chamou bastante a atenção de todos é o fato de que o Brasil estaria no foco das espionagens. Grandes empresas e até mesmo o governo do Brasil estariam sendo vigiados de perto por agentes infiltrados da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos. E isso iria muito além da já conhecida justificativa do “combate ao terrorismo”. Há informações de que essa espionagem teria interesses muito maiores.
Um comentarista político e escritor americano diz que os interesses dos Estados Unidos nas informações brasileiras são comerciais. O Brasil é rico em recursos naturais e isso gera muito dinheiro — pelas reservas de petróleo marinhas e do pré-sal, por exemplo. Ter acesso às informações antes dos outros países pode favorecer (e muito) os investidores norte-americanos. Além disso, com esses dados a competição internacional também pode ser vencida mais facilmente.
Há muitas evidências de que alguns dos diplomatas norte-americanos que atuam no Brasil são na verdade agentes disfarçados. Isso teria sido feito para que fosse mais próximo o contato das agências de espionagem e segurança dos EUA aos possíveis alvos dos rastreios de informações.
A “xeretagem” americana ajudou a unir Brasil e Argentina num dos momentos mais insossos nas relações entre os dois vizinhos sul-americanos.
Os governos brasileiro e argentino decidiram nesta quinta-feira, em Buenos Aires, realizar ações conjuntas para enfrentar a espionagem americana na região.
A informação é oficial, vem da chancelaria argentina




Manuella Tavares, nº37 - Vivaldi

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