Luís
de Almeida (cientista da Agência Espacial Européia (ESA) e da Agência
Espacial Norte-Americana (NASA) ) .
Cientistas relatam a primeira descoberta sobre a presença de
vapor de água na atmosfera de um planeta fora do Sistema Solar.
Cientistas da Agência Espacial Européia (ESA) no Instituto de
Astrofísica de Paris, e vários pesquisadores de todo o mundo, usaram informações
do telescópio espacial Spitzer da NASA. O foco da pesquisa era o planeta HD
189733b, que se encontra a 63 anos luz da Terra na constelação Vulpecula.
O HD 189733b é grande, cerca de 1,15 vezes a massa de
Júpiter, realiza sua órbita em 2,2 dias e localiza-se a 4,5 milhões de km de
sua estrela mãe. Este tipo de planeta é classificado como ‘júpiteres quentes’
pelos astrônomos. Com a energia recebida de sua estrela mãe, o planeta possui
uma extensa atmosfera.
Descoberto em 2005, ao efetuar um eclipse da luz de sua
estrela mãe. Os cientistas descobriram que esta estrela mãe é um pouco mais
leve que o Sol. Observaram a luz da estrela eclipsada em duas bandas de
infravermelho (3,8 e 5,8 micrômetros).
A medida em que a fina camada da atmosfera passou pela
superfície da estrela, a radiação infravermelha absorvida pela atmosfera foi de
3,6 micrômetros, levando em conta que se o planeta fosse um corpo rochoso,
desprovido de atmosfera, aprensentaria o valor de 3,8 e 5,8 micrômetros de
radiação infravermelha. “A
água é a única molécula que pode explicar esse comportamento”, afirmou a
astrofísica Giovanna Tinetti. Apesar de ser encontrado vapor de água, não quer
dizer que o planeta seja ideal para habitação. Mesmo assim, encontrar
resquícios de água fora do Sistema Solar é um grande avanço.
A temperatura do HD 189733b é de aproximadamente
700 °C, isso resulta em uma grande quantidade de vapor de água que não pode
condensar-se em forma de nuvens, sendo assim, não podendo ter chuva. Para a
presença de nuvens e chuva, a temperatura deveria ser cinco vezes inferior.
Apesar do planeta não ter o mínimo de condições de vida para
nossa espécie, essa descoberta só aumenta a esperança de um dia encontrarem
condições adequadas para nossa habitação fora do nosso Sistema Solar.
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