Van de Graaff, Robert J.
Em 1929,
um físico americano Robert Jemison Van de Graaff construiu um gerador
eletrostático, que servia para eletrizar qualquer objeto que entrasse em
contato, ou até mesmo apenas se aproximasse do gerador, tal invenção ficou
conhecido como Gerador Van Graaff, em homenagem ao engenheiro. E até os dias de
hoje não sofreu nenhuma alteração por qualquer outro inventor.
No gerador
de um motor movimenta uma correia isolante que passa por duas polias, uma delas
acionada por um motor elétrico que faz a correia se movimentar. A segunda polia
encontra-se dentro da esfera metálica oca (cúpula). Através de pontas metálicas
a correia recebe carga elétrica de um gerador de alta tensão. A correia
eletrizada transporta as cargas até o interior da esfera metálica, onde elas
são coletadas por pontas metálicas e conduzidas para a superfície externa da
esfera. Como as cargas são transportadas continuamente pela correia, elas vão
se acumulando na esfera, assim eletrizando o que tocar nela.
Por esse
processo, a esfera pode atingir um potencial de até 10 milhões de volts, no
caso dos grandes geradores utilizados para experiências de física atômica, ou
milhares de volts nos pequenos geradores utilizados em laboratórios de ensino.
O gerador auto-excitado trabalha segundo
princípios do efeito
triboelétrico. Esse termo refere-se ao fenômeno que ocorre quando dois
materiais diferentes estão bem juntos e então são puxados para o lado oposto,
se repelindo.
Quando
alguém menciona um Van de Graaff, a primeira coisa em que as pessoas pensam,
freqüentemente, é o efeito de arrepiar os cabelos (pelo fato de estarem
eletrizados com cargas de mesmo sinais).
O gerador
é um objeto simples e super legal por trabalhar com conceitos básicos da
física, como a de eletrização por indução por exemplo, e também por ser de
interesse de crianças à adultos, sendo cientistas, físicos ou leigos.
Robert
Jemison Van de Graaff, nasceu em 20 de dezembro de 1901 e faleceu em 16 de
janeiro de 1967. Ele foi um físico americano, conhecido por seu design e
construção de geradores de alta tensão, por este fato trabalhou como professor
na Universidade de Princeton.
Montando o seu
próprio gerador:
É possível construir um pequeno gerador em casa, uma vez que suas partes podem ser obtidas no comércio ou podem ser fabricadas. O modelo descrito é para um gerador com uma correia de 2 cm a 3,5 cm de largura, uma cúpula de descarga com cerca de 20 cm a 35 cm de diâmetro e algo entre 40 cm e 65 cm de altura.
Cilíndros
Os
cilindros, junto com a correia, constituem o coração de um gerador de Van
Graaff. Como mencionamos anteriormente, geradores eletrostáticos trabalham
assentados no efeito triboelétrico. A série triboelétrica (uma lista abreviada
é fornecida a seguir) nada mais é que uma lista de materiais ordenados segundo
a carga relativa que adquirem quando atritados (ou separados) dois a dois. Os
materiais mais comumente escolhidos para os cilindros estão nessa tabela.
Motor
Praticamente
todos os pequenos motores disponíveis servirão para esse projeto. O autor já
utilizou motor de toca-discos, de ventilador doméstico, de ventilador de computador,
de máquina de costura e muitos outros.
Tipicamente, o motor deve apresentar o
seguinte:
- Velocidade: 3 000 rpm a 5 000 rpm : 1/10 HP a 1/4 HP.
- Tamanho do eixo: 1/4" a 3/8" de diâmetro x 1,25" a 1,5" de comprimento livre.
- Montagem: base de fixação plana. Um motor com base de fixação plana é preferível; caso contrário, deve-se recorrer a alças metálicas, as quais podem dar algum trabalho extra.
- Tamanho do eixo: 1/4" a 3/8" de diâmetro x 1,25" a 1,5" de comprimento livre.
- Montagem: base de fixação plana. Um motor com base de fixação plana é preferível; caso contrário, deve-se recorrer a alças metálicas, as quais podem dar algum trabalho extra.
Coluna
Ao
selecionar o material para a coluna de apoio, é recomendado usar um tubo de
plástico rígido. PVC e acrílico parecem ser os materiais preferidos pela
maioria dos construtores. De modo geral, o tubo deve ter um diâmetro um pouco
menor que o dobro do comprimento dos cilindros. Por exemplo, se o cilindro tem
5 cm de comprimento, então o tubo deve ter um diâmetro de cerca de 10 cm (tubo
de 4 polegadas, nas medidas comerciais).
Correia
Evite, para a
correia, as borrachas de cor preta. As borrachas de cor preta têm maior
possibilidade de conter carvão ou carbono (fumo negro), o que não é bom para
nós nesta experiência. Quando selecionar um material, procure um
que tenha uma boa resistência ao ozônio. Quanto mais fina a correia melhor! A espessura, o comprimento útil da correia entre os dois cilindros e a
tração a que está submetida são os fatores que irão comandar as vibrações
estacionárias na correia.
Escovas
As escovas
têm que ter a mesma largura da correia. Depois que o material é cortado na
largura indicada, repique com uma tesoura várias camadas dos fios horizontais;
isso deixará pontas (farpas) de maior comprimento voltadas para a correia.
Monte as escovas bem próximo à correia, mas sem tocarem nela. A escova inferior
deve ser ligada eletricamente à terra (condutor aterrado).
Cúpula
O
"segredo" do porquê um gerador de Van Graaff consegue acumular boa
quantidade de cargas elétricas e atingir altíssimos potenciais está no modo
como a carga é colocada na cúpula, a qual é constituída por duas superfícies
hemisféricas (calotas esféricas) que se ajustam perfeitamente devido a encaixes
trabalhados nas bordas. Esses hemisférios podem ser feitos com chapas de
alumínio com 1 mm ou 1,5 mm de espessura, repuxadas num torno para adquirirem a
forma de hemisférios.
A parte inferior, que é fixada no alto da
coluna de apoio, tem uma gola voltada para dentro. Isso facilita todo o
trabalho de fixação com parafusos metálicos e arruelas de borracha (que
minimizam as vibrações). Aqui os parafusos podem ser usados por ficarem dentro
do globo.
Este
trabalho critico foi realizado pelos alunos Julia Manzo, Marcela Borges, Rafael
Negreiros, Priscila Palau e Talia Cócca do Colégio Universitas – Ensino Médio
em Santos, SP.
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