O Fascínio das Ondas
Otaviano Helene
O artigo “O Fascínio das Ondas”, publicado na revista Scientific American Brasil, por
Otaviano Helene graduado em Física na
Universidade de São Paulo (USP), nos ajuda a entender de forma objetiva os fenômenos
que acontecem ao nosso redor, tratando dos efeitos que ocorrem nas ondas do mar
ou que são provocados por elas. Dentre estes estão a refração, a qual ocorre
quando a onda sai de um meio e entra em outro (do alto-mar para a praia).
O artigo faz uma abordagem sobre o
tema de maneira que, qualquer um, mesmo pessoas não experientes no assunto,
consegue entender. Devido aos constantes exemplo, como a dica de pesquisar um mapa
disponível no Google Earth nas coordenadas 23° 7’ 40.12”S e 14° 25’ 57.12”E
(que correspondem à costa da Namíbia), tornam a publicação dinâmica, original e
interativa. O principal tema abordado no texto é a formação e propagação das
ondas, e a utilização da lógica da refração para explicar o que nós vemos aos
irmos à praia, quando observamos uma onda chegando paralela à areia.
O autor começa sua publicação falando
que as ondas se formam no alto-mar e se propagam em todas as direções, com
exceção nas baías e enseadas. Porém, ao se aproximarem, a mudança de profundidade
faz com que elas se alinhem à faixa de areia, já que quando a profundidade é
menor do que o comprimento da onda, sua velocidade é dada por v= ²√gh, onde “g” é a
aceleração da gravidade e “h” é a profundidade da camada de água.
Otaviano constata o fato de que a
maioria ondas se aproxima da costa em uma direção inclinada em ralação à praia,
já que se propagam em várias direções, o que faz com que a frente (a parte da
onda que nós vemos) de uma mesma onda esteja em profundidades diferentes, tendo
velocidades distintas. A parte mais distante da praia está em uma maior profundidade
do que a parte mais próxima, adquirindo uma velocidade maior. A consequência desse
fenômeno, como diz o autor, é que “a onda vai mudando a direção de propagação,
ficando cada vez mais paralela à praia”, já que a parte mais distante assume
uma velocidade maior, e a parte mais próxima, uma velocidade menor, “compensando-se”.
Outro efeito que o autor cita, no seu
paragrafo de conclusão, já que o ultimo se trata somente de exemplos, é a
difração, que junto com a refração faz com que ondas quebrem paralelamente à
praia, quando elas atravessam a entrada da enseada (a qual representa o obstáculo
enfrentado pela onda). A difração pode ocorrer com qualquer tipo de onda, e
corresponde ao desvio ou espalhamento que esta sofre, contornando ou transpondo
obstáculos com os quais ela se depara.
O artigo é extremamente interessante,
principalmente para as pessoas que estão relacionadas às ciências da natureza, como
professores e alunos que utilizam do conceito de refração, já que facilita a
compreensão deste, pelo fato de ser algo que estamos costumados a ver quando
vamos à praia. Esse artigo desperta a curiosidade daqueles que nunca repararam
no efeito tratado ao longo do texto, podendo até leva-los a buscar
conhecimentos mais profundos sobre o assunto, já que durante o artigo, Otaviano
não utiliza de uma grande quantidade de conceitos teóricos, apoiando-se na lógica
e na observação, tornando mais fácil o entendimento. Além disso, os poucos conhecimentos
acadêmicos utilizados são explicados durante a obra, não precisando de conhecimentos
prévios para entendê-la.
Bibliografia:
HELENE, Otaviano. O Fascínio das Ondas. Disponível em:<http://www.brasilescola.com/fisica/difracao-ondas.htm> Acesso em: 27/03/2013.
MARQUES, Domiciano. Difração de ondas. Disponível em:<http://www.brasilescola.com/fisica/difracao-ondas.htm> Acesso em: 27/03/97
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