Ciência e divulgação: atração magnética
Marcelo Garcia
Marcelo
Garcia, formado em Comunicação pela UFRJ, e atual jornalista e editor no
Instituto Ciência Hoje (ICH), aborda de maneira coerente e informal o assunto
relacionado à atração magnética, o qual se dirige a um público em geral, mas
principalmente, com interesses acadêmicos. Esses estudos foram discutidos no Encontro Regional
de Ciência,
promovido pelo Núcleo de
Pesquisa em Ciência
(Nupesc), em agosto de 2012, na baixada
fluminense, e contribuem para um maior entendimento sobre o tema, por parte de
alunos e professores, já que o principal objetivo desse encontro é estimular a
educação, e a divulgação científica, principalmente para as áreas mais
carentes.
Muito bem
fundamentada, Marcelo inicia sua obra com uma explicação aprofundada sobre a
origem do desenvolvimento do campo magnético, o qual, segundo ele, está
diretamente relacionado à existência de vida na Terra. Utilizando conhecimento
do físico Daniel Ávalos, do Centro Brasileiro de
Pesquisas Físicas (CBPF), Marcelo cita
que “o campo pode estar desaparecendo
por completo ou o planeta passa por um processo de
inversão dos polos magnéticos,
que ocorre em
intervalos de milhões
de anos”.
A tese trata
da influência do campo magnético em seres humanos e animais, já que muitos
aparelhos utilizados no dia a dia têm suas propriedades baseadas no campo
geomagnético. Além disso, Ávalos diz
haver uma relação entre a ocorrência de tempestades magnéticas e o aumento de
doenças psicológicas, levando até mesmo ao suicídio e à internação. Estudos
científicos têm registrado influência desse campo na fauna da Terra, já que foi
comprovada a existência de materiais magnéticos no corpo dos animais, o que
pode explicar processos como a migração de pássaros e a pastagem das vacas, que
ocorre, geralmente, na posição norte-sul.
De fato, o
tema abordado no artigo está totalmente relacionado às nossas vidas, por isso,
sua importância. Com ele, podemos ter uma noção ampla de tudo que nos cerca,
literalmente, uma vez que a Terra é protegida pela magnetosfera de ser atingida
por partículas ejetadas pelo Sol. Além disso, esse assunto está mais
relacionado ao mundo atual do que parece, já que estamos passando por uma fase
de capitalismo informacional, com o uso de tecnologias de informação e rápida
transmissão de conhecimento e, como afirma o físico Alberto Passos Guimarães, pesquisador
do CBPF e um dos fundadores do ICH: “Cerca de
90% de toda a informação produzida no
mundo é armazenada dessa forma (discos rígidos que se baseiam na
gravação magnética)”.
A título de
conclusão, pode-se dizer que a tese, apesar de não ser muito criativa,
utilizando de diversos conhecimentos prévios sobre o assunto, a fim de
explica-lo, propicia uma reflexão acerca das questões envolvendo partículas,
que apesar de não serem visíveis para nós, são fundamentais para o
funcionamento do mundo. Outra importância dessa área do conhecimento
(magnetismo) está relacionada à aproximação com a nanotecnologia (é a ciência que projeta e desenvolve
produtos e processos tecnológicos a partir de partículas minúsculas, na escala
de nanômetros), podendo levar a uma revolução eletrônica, criação de novos processos de gravação magnética, e maiores oportunidades de emprego.
Porém, vivemos em meio
a uma poluição magnética causada pelo avanço da tecnologia, o que envolve riscos, ainda não
conhecidos, à nossa saúde, devido à exposição
prolongada a tantos campos magnéticos.
Bibliografia:
· GARCIA, Marcelo. Ciência e divulgação: atração
magnética. Disponível em:<http://cienciahoje.uol.com.br/instituto-ch/destaques/2012/08/ciencia-e-divulgacao-atracao-magnetica/?searchterm=Ci%C3%AAncia><http://cienciahoje.uol.com.br/instituto-ch/destaques/2012/08/ciencia-e-divulgacao-atracao-magnetica/?searchterm=Ci%C3%AAncia>. Acesso em: 19/03/2013.
· PERCÍLIA, Eliane. Nanotecnologia. Disponível
em:<http://www.brasilescola.com/informatica/nanotecnologia.htm>. Acesso em: 19/03/2013.
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