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04/04/2013

Era das Revoluções



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A revolução francesa que começou em 1789 foi a revolução mais importante e influente que ocorreu no periodo moderno. Iniciou-se com a tomada da Bastilha no dia 14 de julho.  No contexto histórico da época, a França era um país absolutista, portanto o Rei possuia poderes absolutos.
No topo da sociedade estava o Clero, essa classe possuia todos privilégios e não pagava os impostos, junto com o Clero, estava a nobreza, classe que vivia de banquetes e de luxos  era formada pelo rei, e todos os nobres proximos a ele.
Quem sustentava tudo era o Terceiro estado, formado por todos os trabalhadores, a burguesia e era obrigado a pagar altos impostos. A insatisfação da população em geral tinha como esse fato um dos motivos.
Os trabalhadores desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia apesar de apresentar melhores condições de vida, buscava e desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.
A França passava por uma crise financeira, pelo fato de ter intervido na guerra Revolucionária Americana, quando  convocaram a Assembleia Geral, o Terceiro Estado não conseguiu arrumar um meio de resolver o problema pela injustiça da distribuição de votos, o Clero representava um Estado, a nobreza outro, e o o povo era o Terceiro Estado, cada Estado tinha um voto, portanto nunca eles conseguiriam promover seus interesses.
O Terceiro Estado com representantes da burguesia se reorganizaram em Assembleia Nacional para fazer uma constituição, depois disso os revoltosos tomaram a Bastilha. 6 dias depois ocorreu o O juramento do jogo da Péla foi realizado pelos membros do terceiro estado,.O Rei da França, Luís XVI, tinha ordenado o fechamento da sala de reuniões que era utilizada pelos nobres, procurando dissolver a Assembléia Nacional. Mas transferiram-se para um salão de jogos do palácio. Nesse local eles fizeram esse Juramento, em que estabeleceram que ficariam até fazerem a Constituição Francesa, onde constariam os direitos políticos e jurídicos dos cidadãos franceses.
O juramento feito pelos representantes da Assembléia Nacional era o de Liberdade, Igualdade e Fraternidade (lemas da Revolução Francesa).
Influenciados por ideias iluministas de Liberdade, Igualdade e Fraterninade os manifestantes produziram a revolução que mudou o mundo.
 
Os ideais iluministas:
O Iluminismo ou Esclarecimento foi um movimento cultural da elite intelectual europeia do século XVIII que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval. Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância e os abusos da Igreja e do Estado
A Queda da Bastilha
A Bastilha era um grande simbolo do Absolutismo e guardava uma grande quantidade de pólvora, os revoltosos pegaram armas e invadiram a Bastilha para tomar essa tão importante pólvora pra revolução.
 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão:
Em 26 de agosto de 1789, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão deu fim a qualquer dispositivo legal que diferenciava juridicamente as classes sociais francesas. Inspirada na Declaração de Independência dos Estados Unidos, o documento francês primava pela defesa da igualdade e da fraternidade. Apesar disso, a declaração ainda assegurava o direito de propriedade que preservou as posses da nobreza provincial e a liberdade de imprensa.
O rei ainda conspirava contra a Revolução, colocava a Guarda Real para combater o povo, quando o povo soube que o Rei havia feito uma festa grandiosa, milhares de pessoas se reuniram em Versalhes para obriga-lo a ficar perto do povo e ir pra Paris, e ainda tomaram a farinha da despensa real.
O poder esta na mão do povo, A Assembleia se mudou para Paris, onde se tornou a Assembleia Nacional Constituente e ela se dividia em Jacobinos e Girondinos. Os Jacobinos eram mais radicais e queriam que a Revolução fosse maior e mais intensa, querendo transformar a França numa Republica. Os Girondinos por outro lado eram mais comedidos e defendiam uma Monarquia Constitucional.
Em 1791, o Rei resolve retomar o controle de seus pais, e a única maneira de fazer isso era com a ajuda de um exercito estrangeiro. O plano era fugir de Paris, e chegar à fronteira com a Austria, porem no meio do caminha o Rei e a Rainha foram presos e levados de volta para a capital.
A França em 1792 lança uma guerra contra a Austria, junto com a Prussia, os dois paises invadem a França, e o general prussiano em carta afirma que Paris seria se destruido se fizessem algo contra o Rei, o povo revoltado invade o palacio real e prende o Rei.
A assembleia nacional muda de nome para A Convenção e prende varias pessoas que estariam conspirando contra a Revolução.
Todos os homens foram lutar na Guerra, e Marat, dono de um jornal revolucionario que promugava a morte dos nobres, traidores, publicou que as pessoas de Paris deveriam matar os prisioneiros politicos, e foi isso o que ocorreu, os Sans-culote, que era pessoas do proletariado parisiense que lutavam pela revolução mataram todos os prisioneiros.
O Rei foi a julgamento, e os girondinos e jacobinos debatiam sobre a pena do rei, os girondinos queriam uma pena branda, ja os jacobinos queriam mata-lo. E eles ganharam essa disputa. O Rei e a Rainha foram decapitados.
Os Jacobinos estavam no poder e a controlavam por meios violentos, com mortes, torturas. As guilhotinadas eram frequentes e tornaram a Revolução Francesa uma das mais sangrentas ja vista. Marat, dono do jornal, que pedia a execução de varias pessoas foi assassinada por uma camponesa horrorizada com a situação das execuções.
Porém o período de maior banho de sangue foi “O Terror” em que  qualquer um que pudesse estar conspirando contra a Revoluçao seria morto sem piedade. Robspierre que era um dos lideres da revolução, deputado na Assembleia, foi quem comandou o Terror, ele que tinha proposto a Liberdade de Imprensa voltou com a censura, e mandava matar inimigos girondinos.
Nomes de ruas de santo foram renomeados, o calendario mudado usando como base a Revolução, qualquer insurgencia foi execrada, contra-revolucionarios eram fuzilados, posto em barcos e depois afundados.
 Robespierre havia mandado matar Danton, outro lider da revolução e seus seguidores, e depois de instituir um feriado religioso em nome do Ser Supremo, a Deusa da Razão, muitos acharam que havia enlouquecido pelo fanatismo e ele foi preso quando chegou na Convenção. Ele revelou que havia uma lista de inimigos da revolução, porem nao divulgou essa lista, no outro dia, muitas pessoas ficaram com medo de estarem nessa lista e ele foi preso, e guilhotinado.
Com isso, O Terror acabou, e os girondinos assumiram o poder, Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico, o nome dessa fase é Diretorio.
Com a França imersa no caos, e sob a ameaça de ataques internos e externos, a alta burguesia articulou entregar o poder a alguém influente e poderoso.
Esse alguém foi Napoleão Bonaparte, que, a partir de 1799, começou a governar a França.
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Napoleão Bonaparte
"Minha grandeza não consiste em não nunca ter caído, mas em levantar-se para sempre."(Napoleão Bonaparte)
 
Nasceu em agosto de 1769, na ilha de Córsega, uma importante figura na era das revoluções, o baixinho e cabeçudo Napoleão Bonaparte. Muito jovem tornou-se tenente do exercito francês devido a sua avantajada inteligência.
Logo, em 10 de novembro de 1799, ou 18 de Brumário no calendário republicano (como também ficou conhecida a revolução), Napoleão assumiu o poder com o apoio da burguesia e dos militares, no contexto histórico da Revolução francesa. Naquela época o poder era dividido entre três pessoas, primeiro, segundo e terceiro cônsul, sendo que o poder(quase absoluto) cabia ao primeiro cônsul.
 
(Curiosidade: É possível notar que em quase todos os quadros em que ele, Napoleão, é retratado, ele aparece com a mão na altura da barriga dentro do seu colete. Existem diversas teorias sobre isso. Uma delas afirma que o Imperador francês sofria de ulcera, por isso permanecia constantemente com a mao a meia altura, enquanto a outra diz apenas ser a pose oficial do cargo)

Como primeiro-cônsul ele construiu escolas, pontes, estradas e colocou comida no prato do povo. De tão amado que ficou por essas melhorias na Franca, foi coroado Imperador em 2 de dezembro de 1804. Nesse cargo ele foi, digamos assim, muito polemico. Gostava muito de guerrear, por conseguinte, dominou quase toda a Europa, tirando muitos reis absolutistas do poder.
Em 1780, enquanto general do exercito, o baixinho derrotou os exércitos da Áustria. Conquistou a Suíça e a Holanda, além de anexar territórios da atual Itália. O próximo passo foi invadir sua ex-aliada, Espanha. Ja tendo conquistado grande parte cerca de 2 milhões de km2, Napoleão não contentou-se e foi a guerra com a Rússia.
O problema em guerrear com a Rússia, eram os aliados dela, Inglaterra, Prússia e Áustria. O resultado veremos neste video a seguir.



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França: do Congresso de Viena até as Jornadas de julho.
Um período conturbado na França, que começou com o Congresso de Viena em 1815. Este tinha como objetivo reorganizar a Europa após a Era Napoleônica, fazendo voltar, através dos princípios da legitimidade e do equilíbrio europeu, as dinastias e fronteiras que vigoravam antes da Revolução Francesa, e manter unidos os países europeus para que eles não guerreassem entre si. A fim de conquistar esses objetivos, foi criado o exercito do Congresso de Viena, a Santa Aliança, para obrigar a população a aceitar qualquer decisão e, consequentemente, evitar novas revoltas que ameaçassem o absolutismo europeu recém-restaurado.
Essas decisões se fizeram valer na França, voltando ao poder a dinastia dos Bourbon com Luís XVIII. Luís XVIII, por sua vez, tentou conciliar os princípios do Antigo Regime com as conquistas essenciais da Revolução Francesa, a qual lançou as bases do liberalismo, que continuava influenciando a população a não querer mais aceitar um Estado autoritário controlando suas vidas. Diante disso, Luís adotou uma monarquia constitucional como regime político, já que era uma forma de neutralizar a oposição liberal, dividindo o poder entre a alta burguesia financeira e a nobreza.
Morto Luís XIII em 1824, seu irmão subiu ao trono como Carlos X. Porém, Carlos X era legitimista, ou seja, para ele o único regime legítimo era o absolutismo. Portanto, ele tentou restaurar o absolutismo, restabelecendo os moldes de um governo centralizado, restaurando os privilégios do clero e da nobreza, fazendo voltar os ultrarrealistas e rompendo relações com a burguesia que estava no poder durante o governo de Luís XVIII.

Em 1830, diante das decisões de Carlos X (ordenações de julho) em suprir a liberdade de imprensa, censurar os jornais da burguesia, anular as eleições, dissolver a câmara libera, deu-se início uma nova onda revolucionária (1ª onda liberal ou jornadas de julho), na qual populares reagiram com levantes e barricadas nas ruas de Paris. Motivados pelo nacionalismo e convencidos da ideia de liberdade do liberalismo, criou-se uma unidade de classes entre campesinato e proletariado, liderados pela burguesia, para derrubar a monarquia de Carlos X.

 

Quem liderou a Revolução de 1830 foi a alta burguesia, pois tinha poder econômico para armar a população, relação política com as outras frações da burguesia e era quem estava no poder durante o governo de Luís XVIII. Portanto, o regime político instalado após 1830 foi uma monarquia parlamentarista, com Luís Filipe de Orleans, a qual garantia privilégios e poder somente para alta burguesia através do voto censitário (baseado na renda). O poder estava relacionado à tomada de decisões sobre a organização da sociedade, através da criação de leis, e quem o detinha era o Estado, o qual passou a ser o aparelho dos interesses da burguesia, pelo fato dela estar no poder. Porém, isso significou uma traição de classes entre as frações da burguesia, gerando uma oposição entre a pequena e média burguesia, contra a alta, motivo que levou à Revolução de 1848 (Primavera dos Povos).
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Unificação italiana


 
1814-1815: Congresso de Viena, onde foi dividido o território italiano em pequenos reinos:

             ·         Reino de Piemonte-Sardenha: Estado independente governado por uma dinastia italiana (Victor Emanuel II), muito industrializado e com abundância de matérias primas.


 ·         Reino Lombardo-Veneziano: governado pela Áustria.

 ·         Ducados de Parma, Toscana e Módena: governados por duques Austríacos.
 ·         Reino das Duas Cecílias: Estado feudal governado pela dinastia de Bourbon (França).
 ·         Estados Pontifícios: Governados pelo Papa da Igreja Católica.
1831: Inspirado pelo nacionalismo, deu-se início ao movimento “Jovem Itália”, liderado por Giuseppe Mazinni, defensor da unificação italiana e implantação de uma República Democrática. Giuseppe liderou suas tropas contra os exércitos austríacos no norte da Itália.
1843: Liderados por Giuseppe Garibaldi, o movimento dos “Camisas Vermelhas” começou no Sul da Itália, no Reino das Duas Cecílias. Com a participação do povo, Garibaldi visava a unificação da Itália com um regime republicano.
1848: Destruição do movimento “Jovem Itália” pelo exército austríaco. Início do “Risorgimento”, criado por Conde Cavour, que liderava o exército de Piemonte no Norte contra a Áustria. Este, por sua vez, queria um regime de Monarquia Constitucional, onde o rei de toda a Itália seria o rei de Piemonte, Victor Emanuel II. Cavour contava com o apoio da França, que influenciava a todos com suas ideias nacionalistas e liberais.
 1861: Com a maior parte do território atual conquistado, exceto Roma (território da igreja) e Veneza (um dos principais portos existentes, dominados pela Áustria), Victor Emanuel II é proclamado Rei da Itália, estabelecendo uma monarquia constitucional.
1866: Veneza é conquistada.
1870-1871: Conquista de Roma, que foi transformada em capital da Itália no ano seguinte.
1929: Tratado de Latrão, onde o então líder Benito Mussolini doou um território pertencente à Itália (no interior da cidade de Roma) para a Igreja Católica, o Estado do Vaticano. Foi esta a última mudança territorial da Itália.
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Caros cidadões de toda Europa,
Já é tempo de mudanças, o absolutismo nos consumiu e não devemos deixá-los governar de braços cruzados. Já é tempo, tempo de revoluções!
Itália, coloque em prática seu projeto de unificação, pode demorar alguns anos até se concretizar, mas quando mais cedo começarem, melhor será.
Sei que vocês húngaros já até superaram suas preocupaçöes com sua independência nacional em relação à uma ordem mais prática, continuem assim.
Aristocratas austríacos, muito bem feito! Suas rebeliöes contra a monarquia deram certo; não deixem a situação reverter-se, tomem cuidado.
Alemanha, não desista da luta para que essa nova Constituição seja aceita, será um passo enorme para nós liberalistas.
Irmãos franceses, estou orgulhoso por termos conseguido ao menos uma República que garante participação popular com o voto universal, porém, não descansem, temos de continuar lutando pelo princípo da igualdade de oportunidades com fim de alcançcar a democracia.
Uma luta de ideais não é fácil de se vencer, e leva tempo até convencermos a todos, mesmo da classe alta, que o mundo já não é mais como antigamente, agora o ser humano é pensante e não vai deixar o conservadorismo predominar.
Atenciosamente,
Seu líder socialista,
Auguste Blanqui


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