A pilha elétrica foi inventada no
ano de 1799/1800. Diferente do que muitos pensam, a pilha elétrica não serve
apenas para o funcionamento de eletrônicos. No passado a importância da pilha
era diferente, servindo para fornecer corrente elétrica para os experimentos de
importantes cientistas.
Tudo começo com um importante e
conhecido filósofo chamado Tales de Mileto, descobriu que, friccionando pedaços
de âmbar (uma resina natural) com tecidos de seda, eles aderiam a propriedade
de atrair fragmentos de palha. A partir dai nasce a palavra ‘’eletricidade’’
que vem do âmbar, conhecido em grego como nome de ‘’elektron’’. Muitas máquinas
foram criadas a partir dessa nova descoberta, como por exemplo, a máquina de
Von Guericke, a primeira máquina para produzir eletricidade. As cargas
elétricas geradas por essas máquinas podem ser armazenadas em capacitores,
produzir faíscas intensas e etc. De qualquer forma, ainda não se conseguia um
fluxo contínuo, ou seja, uma corrente elétrica.
O âmbar é uma resina fóssil muito usada para a manufatura de objetos ornamentais. Embora não seja um mineral, às vezes é considerado e usado como uma gema. |
Em 1791 surge uma explicação nova
para a eletricidade, aonde o professor de anatomia, Luigi Galvani, expõe a
conclusão de suas pesquisas, dizendo que a eletricidade detectada tinha origem
animal, ou seja, os músculos armazenavam eletricidade do mesmo modo que uma
jarra de Leiden e os nervos conduziam essa eletricidade. Mais tarde Volta
aprofundaria esta visão, com a teoria dos contatos metálicos: o contato entre
dois metais diferentes gera uma força eletro motiva e opõe-se a ideia de
Galvani.
Nessa mesma época, Volta também
estava procurando apresentar uma evidência decisiva em apoio ao poder dos
metais de gerar eletricidade artificial. Após muitas tentativas, ele logrou
detectar com um eletroscópio a diminuta eletricidade gerada ao se colocar em
contato uma lâmina de prata e uma lâmina de zinco. Como conseqüência lógica,
surgiu a idéia de associar pares de metais sob a forma de placas sobrepostas de
tal maneira que se tornasse possível a obtenção de uma força eletromotriz de
razoável magnitude, comparável à produzida pelas máquinas elétricas. Visando
aumentar a força elétrica gerada por um único par bimetálico, ele decidiu
empilhar de modo alternado diversos discos de dois metais diferentes, por
exemplo, Zn | Ag | Zn | Ag | Zn | Ag. Observou, então, que quando os discos
terminais eram do mesmo metal a tensão elétrica desaparecia; e quando eram
diferentes, a tensão era independente do número de pares de discos. Essa
descoberta deu origem às duas famosas leis de eletrificação por contato
(Trasatti,1999). Finalmente, considerando a presença de fluidos animais nos
experimentos de Galvani, Volta empilhou seus pares de discos metálicos
separados por um pedaço de papelão umedecido com água ou, melhor ainda, com
solução salina. Notou, então, que as tensões elétricas se somavam; estava
inventada a pilha elétrica.
O texto aponta detalhadamente cada
passo do surgimento da pilha elétrica, desde o surgimento da idéia inicial ate
sua divulgação, popularização e até mesmo a questão das diversas mudanças no
conceito de eletricidade. O autor se utiliza de termos usuais e imagens,
fazendo deste um artigo direcionado para qualquer leitor que queira aprender
mais sobre o assunto, mas ao mesmo tempo nao deixa escapar nenhuma informação –
tal qual um artigo cientifico deve ser.
Outro texto utilizado por nos como
base para melhor entendimento do assunto foi “do âmbar a pilha elétrica”, de
Ramalho Nicolau Toledo. Ele foca mais na história da eletricidade do que
propriamente na pilha elétrica, explicando desde as primeiras idéias, a
experiência de Benjamin Franklin e a utilização da eletricidade nos dias de
hoje, de um jeito ate mais dinâmico do que o texto de Mario Tolentino e Romeu
C. Rocha-Filho.
Podemos afirmar que a pilha elétrica
foi uma importantíssima descoberta, presente até hoje na nossa vida cotidiana.
Entender como ela foi criada é algo que nos aprofunda culturalmente e amplia
nossos horizontes. A eletricidade, uma das bases da atual 3a
Revolução Industrial, continua a nos surpreender a cada dia.
O autor do artigo original, Mário
Tolentino (13 de janeiro de 1915, São Carlos - 28 de maio de 2004) foi um
professor universitário. Formou-se na então Escola Normal Secundária de São Carlos
(hoje "Escola Estadual Dr. Álvaro Guião"), na qual passou a lecionar
Química no curso ginasial, a partir de 1934. Em 1970, fez curso de
especialização em Metodologia do Ensino da Química no Beaver College, em
Glenside, Pensilvânia (EUA). Em 1991 recebeu o título de Doutor Honoris Causa
da Universidade Federal de São Carlos. Foi professor titular do Departamento de
Química, do qual foi chefe. Em sua homenagem, foi inaugurado o Museu da Ciência
Professor Mário Toletino, na cidade de São Carlos.
O outro autor do texto, Romeu
Cardozo Rocha Filho é um licenciado mestre e doutor em áreas da fisico-quimica
pelas melhores universidades do Brasil, tendo feito seu poós-doutorado numa
Universidade da Califórnia, nos EUA. Foi duas vezes secretário geral na Sociedade
Brasileira de Química e uma vez representante brasileiro na Sociedade
Internacional de Eletroquímica. Além de autor de varios livros, atualmente
Romeu é professor associado do departamento de química da UFSCAR e é pesquisador
na área de Eletroquímica com diversos outros cientístas renomados.
Este trabalho critico foi realizado
pelos alunos Julia Manzo, Marcela Borges, Rafael Negreiros, Priscila Palau e
Talia Cócca do Colégio Universitas – Ensino Médio em Santos, SP.
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