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04/04/2013

Do âmbar à pilha voltaica


A pilha elétrica foi inventada no ano de 1799/1800. Diferente do que muitos pensam, a pilha elétrica não serve apenas para o funcionamento de eletrônicos. No passado a importância da pilha era diferente, servindo para fornecer corrente elétrica para os experimentos de importantes cientistas.
Tudo começo com um importante e conhecido filósofo chamado Tales de Mileto, descobriu que, friccionando pedaços de âmbar (uma resina natural) com tecidos de seda, eles aderiam a propriedade de atrair fragmentos de palha. A partir dai nasce a palavra ‘’eletricidade’’ que vem do âmbar, conhecido em grego como nome de ‘’elektron’’. Muitas máquinas foram criadas a partir dessa nova descoberta, como por exemplo, a máquina de Von Guericke, a primeira máquina para produzir eletricidade. As cargas elétricas geradas por essas máquinas podem ser armazenadas em capacitores, produzir faíscas intensas e etc. De qualquer forma, ainda não se conseguia um fluxo contínuo, ou seja, uma corrente elétrica.


O âmbar é uma resina fóssil muito usada para a manufatura de objetos ornamentais. Embora não seja um mineral, às vezes é considerado e usado como uma gema.
Em 1791 surge uma explicação nova para a eletricidade, aonde o professor de anatomia, Luigi Galvani, expõe a conclusão de suas pesquisas, dizendo que a eletricidade detectada tinha origem animal, ou seja, os músculos armazenavam eletricidade do mesmo modo que uma jarra de Leiden e os nervos conduziam essa eletricidade. Mais tarde Volta aprofundaria esta visão, com a teoria dos contatos metálicos: o contato entre dois metais diferentes gera uma força eletro motiva e opõe-se a ideia de Galvani.
Nessa mesma época, Volta também estava procurando apresentar uma evidência decisiva em apoio ao poder dos metais de gerar eletricidade artificial. Após muitas tentativas, ele logrou detectar com um eletroscópio a diminuta eletricidade gerada ao se colocar em contato uma lâmina de prata e uma lâmina de zinco. Como conseqüência lógica, surgiu a idéia de associar pares de metais sob a forma de placas sobrepostas de tal maneira que se tornasse possível a obtenção de uma força eletromotriz de razoável magnitude, comparável à produzida pelas máquinas elétricas. Visando aumentar a força elétrica gerada por um único par bimetálico, ele decidiu empilhar de modo alternado diversos discos de dois metais diferentes, por exemplo, Zn | Ag | Zn | Ag | Zn | Ag. Observou, então, que quando os discos terminais eram do mesmo metal a tensão elétrica desaparecia; e quando eram diferentes, a tensão era independente do número de pares de discos. Essa descoberta deu origem às duas famosas leis de eletrificação por contato (Trasatti,1999). Finalmente, considerando a presença de fluidos animais nos experimentos de Galvani, Volta empilhou seus pares de discos metálicos separados por um pedaço de papelão umedecido com água ou, melhor ainda, com solução salina. Notou, então, que as tensões elétricas se somavam; estava inventada a pilha elétrica.
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O texto aponta detalhadamente cada passo do surgimento da pilha elétrica, desde o surgimento da idéia inicial ate sua divulgação, popularização e até mesmo a questão das diversas mudanças no conceito de eletricidade. O autor se utiliza de termos usuais e imagens, fazendo deste um artigo direcionado para qualquer leitor que queira aprender mais sobre o assunto, mas ao mesmo tempo nao deixa escapar nenhuma informação – tal qual um artigo cientifico deve ser.
Outro texto utilizado por nos como base para melhor entendimento do assunto foi “do âmbar a pilha elétrica”, de Ramalho Nicolau Toledo. Ele foca mais na história da eletricidade do que propriamente na pilha elétrica, explicando desde as primeiras idéias, a experiência de Benjamin Franklin e a utilização da eletricidade nos dias de hoje, de um jeito ate mais dinâmico do que o texto de Mario Tolentino e Romeu C. Rocha-Filho.
Podemos afirmar que a pilha elétrica foi uma importantíssima descoberta, presente até hoje na nossa vida cotidiana. Entender como ela foi criada é algo que nos aprofunda culturalmente e amplia nossos horizontes. A eletricidade, uma das bases da atual 3a Revolução Industrial, continua a nos surpreender a cada dia.
O autor do artigo original, Mário Tolentino (13 de janeiro de 1915, São Carlos - 28 de maio de 2004) foi um professor universitário. Formou-se na então Escola Normal Secundária de São Carlos (hoje "Escola Estadual Dr. Álvaro Guião"), na qual passou a lecionar Química no curso ginasial, a partir de 1934. Em 1970, fez curso de especialização em Metodologia do Ensino da Química no Beaver College, em Glenside, Pensilvânia (EUA). Em 1991 recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de São Carlos. Foi professor titular do Departamento de Química, do qual foi chefe. Em sua homenagem, foi inaugurado o Museu da Ciência Professor Mário Toletino, na cidade de São Carlos.
O outro autor do texto, Romeu Cardozo Rocha Filho é um licenciado mestre e doutor em áreas da fisico-quimica pelas melhores universidades do Brasil, tendo feito seu poós-doutorado numa Universidade da Califórnia, nos EUA. Foi duas vezes secretário geral na Sociedade Brasileira de Química e uma vez representante brasileiro na Sociedade Internacional de Eletroquímica. Além de autor de varios livros, atualmente Romeu é professor associado do departamento de química da UFSCAR e é pesquisador na área de Eletroquímica com diversos outros cientístas renomados.
Este trabalho critico foi realizado pelos alunos Julia Manzo, Marcela Borges, Rafael Negreiros, Priscila Palau e Talia Cócca do Colégio Universitas – Ensino Médio em Santos, SP.

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