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29/05/2013

Guevara (Ernesto + Che)


Tudo começou em 1951. Seis meses antes de se formar em Medicina, Ernesto Rafael Guevara de la Serna  decide interromper o curso para partir a uma grande viagem pelo continente da América Latino, de Buenos Aires a Caracas. Nessa viagem, Guevara sensibiliza-se fortemente com a população, visto a situação de pobreza, desigualdade e miséria na maioria dos lugares visitados, e começa a ver a América Latina como uma única entidade econômica e cultural. Retornando à sua casa, termina os estudos e passa a dedicar-se à política.




Após finalizar sua faculdade, Ernesto inicia uma segunda viagem, desta vez visitando a Bolívia, o Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, El Salvador e Guatemala. Foi com as duas viagens que o jovem médico concluiu que a única maneira de acabar com todas as desigualdades sociais era promovendo mudanças radicais na política administrativa de toda a América Latina.

Em sua passagem pela Guatemala, em 1953, Ernesto presenciou a luta do recém-eleito presidente Jacob Arbenz Guzmán, o qual liderou um governo de cunho popular na tentativa de realizar reformas de base, eliminar o latifúndio, diminuir as desigualdades sociais, tendo como um dos principais objetivos garantir a mulher no mercado de trabalho. O governo norte-americano não apoiava as decisões de Guzmán, pelo fato do presidente não se alinhar aos seus interesses e tentava dificultar suas reformas. Tais acontecimentos favoreceram a construção da consciência política de Guevara, que, a partir dessa época, posicionara-se contra o imperialismo americano e o capitalismo.
            Em 1954, enquanto estava no México, Ernesto conheceu Raúl Castro que o apresentou seu irmão, Fidel Castro, organizador do movimento guerrilheiro M26 (alusão à tomada do Quartel Moncada, em 26 de Julho de 1953), fazendo com que Guevara largasse mão de sua profissão para pegar nas armas e tornar-se um dos revolucionários mais importantes que o mundo já teve, ao apoiar Fidel em sua luta para derrubar a ditadura de Fulgêncio Batista, em Cuba. Tempos depois, Ernesto reconheceu este acontecimento como o marco divisor de sua transição de doutor a revolucionário.

Três anos depois, em 1956, Ernesto parte para Cuba com seu companheiro Fidel Castro, onde os dois lideraram uma revolução comunista até 1959. Foi em Cuba que o argentino ficou conhecido como “Che Guevara” pelos guerrilheiros e, logo depois, ganhou fama mundial.
           Che não participou somente de movimentos no México e em Cuba, mas liderou também revoluções no Congo (no período da Revolução Cubana, Che viajou ao Congo e depois regressou a Cuba) e na Colômbia, onde foi assassinado pelo exército a mando da CIA.

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