O filme diário
de um motociclista mostra a trajetória de Ernesto Guevara de La Serna ao lado
de Alberto Granado por toda a America Latina. Saindo de Buenos Aires em direção
a Venezuela com o objetivo de explorar o continente, com escassos recursos e
sede de conhecimento. A viajem se inicia
com algumas dificuldades como problemas com a motocicleta, instabilidade meteorológica,
doenças, amores, desentendimentos, e principalmente a dificuldade de achar um lugar para passar a noite.
Ao passar dos
dias, eles irão se encontrar com pessoas e situações que irão revelar à dura
realidade da América Latina, a desigualdade, a descriminação, a exclusão. Uma cena
em concreto marca um destes encontros:
Depois que a motocicleta
se quebra no Chile, Ernesto e Alberto viajam em um caminhão com dois indígenas e
uma vaca. Ao dizer que a vaca estava ficando cega, um dos indígenas responde a Ernesto
com indiferença: “pela merda que você vai ver”. A afirmação contrasta com a
beleza das paisagens que encontraram até agora. O que Ernesto não sabia é que a
frase faz referencia com a extrema pobreza que iria encontrar pela frente.
Outro desses
encontros foi a experiência de colaboração com os enfermeiros que tratavam
pacientes com lepra em San Pablo, Peru que os leva a conhecer e se identificar
com os problemas dos setores mais excluídos socialmente. Durante o trajeto no
barco, Ernesto toma consciência da profunda desigualdade social existente,
simbolizada pelas condições dos que viajavam no barco e a superlotação dos
pobres que não podem pagar a passagem da primeira classe e seguem em outra
embarcação de reboque. Já em San Pablo, os meninos se chocam com a forma que
algumas freiras tratam os pacientes com lepra, com um distanciamento e
paternalismo que os incomoda. O seu comportamento é diferente: busca o reconhecimento
mútuo, o respeito e a identificação com o proscrito.
Ernesto
retornou para a Argentina tendo como objetivo se tornar um especialista em pacientes
com lepra e concluiu seus estudos.
Em 1954 envolveu-se com a política
e marchou rumo ao México. Logo passa a integrar o movimento de revolucionários
cubanos seguidores de Fidel Castro e juntamente com os guerrilheiros, invade Cuba
– primeiro como médico e depois no comando no
exército – e derruba o ditador cubano Fulgencio Batista. Ernesto passa a ser conhecido como Che Guevara.
Após a vitória,
Che passa a ser a mão direita de Fidel Castro no governo de Cuba, e depois se
torna Ministro da Indústria e Presidente do Banco Nacional. Tinha como intenção
libertar todos os países da América Latina e também os da África. Falava sobre
a exploração do capitalismo e critica a influência norte-americana no mundo.
A partir da
década de 60, passa a sofrer derrotas – em 1964, na Argentina; em 1965, no
antigo Congo Belga e depois no Zaire, atual República Democrática do Congo; em
1966, na Bolívia.
Foi nessa última, na Bolívia, que a trajetória do herói revolucionário chegou ao fim. Entrou disfarçado no país e se juntou aos guerrilheiros que se encontravam lá, em uma base no deserto do sudoeste do país. A intenção de Che era treinar guerrilheiros de vários países para começar uma revolução continental.
Mas no dia 8 de outubro de 1967 foi capturado, sendo executado no dia seguinte, por ordem do presidente da Bolívia, o general René Barrientos.
Foi nessa última, na Bolívia, que a trajetória do herói revolucionário chegou ao fim. Entrou disfarçado no país e se juntou aos guerrilheiros que se encontravam lá, em uma base no deserto do sudoeste do país. A intenção de Che era treinar guerrilheiros de vários países para começar uma revolução continental.
Mas no dia 8 de outubro de 1967 foi capturado, sendo executado no dia seguinte, por ordem do presidente da Bolívia, o general René Barrientos.
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