Atualmente a Soda Cáustica é fabricada através de dois processos: o Processo de Solvay e o Processo Eletrolítico.
O Processo de Solvay (ou processo da amônia-soda) tem como reação total:
O processo é muito mais complicado do que o sugerido pela reação total, e para complicar ainda mais a situação a reação é reversível e apenas 75% do NaCl é convertido em produto.
1º estágio: purificação da salmoura saturada, que então reage com a amônia gasosa.
2º estágio: a salmoura amoniacal é carbonatada em seguida com CO2, formando NaHCO3. Este é insolúvel na salmoura por causa do efeito do íon comum, podendo ser separado por filtração.
3º estágio: aquecendo à 150ºC, o bicarbonato NaHCO3 se decompõe em carbonato anidro Na2CO3 (chamado na indústria de “soda leve”, por que é um sólido com baixa densidade, 0,5g/cm³).
4º estágio: remover o CO2 por aquecimento da solução e a amônia NH3 por adição de álcali (solução de cal em água), ambos sendo reaproveitados para o processo anterior. reaproveitada também. A cal (CaO) é obtida por aquecimento de calcário (CaCO3), que também fornece o CO2 necessário. Quando a cal (CaO) é misturada com a água forma-se Ca(OH)2.
Desse modo os materiais consumidos são NaCl e CaCO3, havendo além do produto desejado, Na2CO3, a formação do subproduto CaCl2. Há poucos usos para o CaCl2, e só uma parte é recuperada da solução, sendo o restante desprezado. O principal uso do Na2CO3 é na indústria de vidro, o que requer a “soda pesada” Na2CO3. H2O. Para a sua obtenção a “soda leve”, obtida pelo processo de Solvay, é recristalizada com água quente.
O processo eletrolítico,
a eletrolise da salmoura foi descrita pela primeira vez por Cruickshank, mas só em 1834 Faraday desenvolveu as leis da eletrólise. Naquele tempo era muito restrito o uso da eletrólise, porque as únicas fontes de energia elétrica para realizá-las eram as baterias primárias. Essa situação mudou em 1872, quando Gramme inventou o dínamo. Em todas essas células (e também em muitas células modernas) empregava-se amianto como um diafragma para separar os compartimentos do ânodo e do cátodo. Com a adição constante de salmoura, havia uma produção contínua de NaOH e Cl2
Na mesma época, Castner e Kellner (um americano que trabalhava na Inglaterra e um austríaco que trabalhava em Viena, sucessivamente) desenvolveram e patentearam versões semelhantes da célula de cátodo de mercúrio, em 1897.
Os dois tipos de células, o de diafragma e o cátodo de mercúrio, permanecem em uso. Os primeiros equipamentos de eletrólise produziam cerca de 2 toneladas de cloro por dia; as instalações modernas produzem 1000 toneladas por dia.
Na Eletrólise se da salmoura, ocorrem reações tanto no ânodo como no cátodo.
Se os produtos se misturarem, ocorrem reações secundárias:
ou
e no ânodo pode ocorrer, até certo ponto, outra reação:
NaCl+H2O → Eletricidade → NaOH+1/2Cl2↑+1/2H2↑

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