No
ano de 1859, um estudioso chamado Charles Darwin transformou uma longa
caminhada de viagens, anotações e análises no livro “A origem das espécies”. Darwin
apontou que a constituição dos seres vivos é fruto de um longo e ininterrupto
processo de transformação e adaptação ao ambiente. Pensadores
sociais começaram a transferir os conceitos de evolução e adaptação para a
compreensão das civilizações e demais práticas sociais. A partir de então o
chamado “darwinismo social” nasceu desenvolvendo a ideia de que algumas
sociedades e civilizações eram dotadas de valores que as colocavam em condição
superior às demais.
A
divulgação dessas teorias serviu como base de sustentação para que as grandes
potências capitalistas promovessem o neocolonialismo no espaço afro-asiático. O
darwinismo social acabou inspirando os movimentos nacionalistas, que elaboravam
toda uma justificativa capaz de conferir a superioridade de um povo ou nação.
O
filme Avatar, retrata de uma forma interessante o darwinismo social
utilizado muito na era dos impérios. No filme, os humanos vão explorar o
planeta Pandora, aonde há uma pedra muito valiosa, que se torna o objetivo
dessa exploração. O problema são os nativos da região, seres hostis e fortes.
Os humanos são representados pelos cientistas e pelos militares: os militares
querem invadir o planeta à força, através da guerra armada com os nativos, e os
cientistas querem se aproximar destes seres, ganhar sua confiança para fazer
com que eles se mudem pacificamente. Ambas são formas de dominação do
território, aonde os humanos se consideram seres superiores providos de maior
inteligência e por isso tem o direito de pegar os recursos do planeta para
eles. São duas formas de dominação utilizadas no filme que foram muito
utilizadas na dominação da África e da Ásia por parte dos europeus, que se
consideravam superiores e que tinham o dever de levar a civilização aos povos
considerados inferiores e ''selvagens'‘, com o interesse apenas em melhorar a
própria economia, extraindo recursos naturais e garantindo mercado
consumidor.
Análise do darwinismo social atualmente:
O
darwinismo não deixou de existir com o passar do tempo, hoje em dia ele ainda
está muito presente. Exemplos dele são os preconceitos e estereótipos sobre o
povo negro,considerados ainda hoje inferiores, o sistema de cotas por exemplo
deixa a entender que os negros possuem menos capacidade que os brancos, e isso
tudo tem as raízes no tráfico negreiro e no imperialismo.
Carolina
Rua
Ao
longo do século XIX foi estudado por Charles Darwin o darwinismo social. Darwin
expôs que as espécies se transformavam a partir de uma seleção em que características
mais adaptadas a um ambiente se tornavam predominantes. Com isso, os organismos
que melhor se adaptavam a um meio poderiam sobreviver através do repasse de
tais mudanças aos seus descendentes.
Pensadores
sociais começaram a transferir os conceitos de evolução e adaptação para a
compreensão das civilizações e demais práticas sociais. A partir de então o
chamado “darwinismo social” nasceu desenvolvendo a ideia de que algumas
sociedades e civilizações eram dotadas de valores que as colocavam em condição
superior às demais.De fato, o darwinismo social criou métodos de compreensão da
cultura impregnados de equívocos e preconceitos. Ou seja, quem não era de
acordo com a adaptação da sociedade sendo negro, gordo, alto, homossexual,
problemas mentais e entre outros.. Não é muito aceito cuja a sociedade exige
que esteja no padrão comum. Hoje em dia o que não é muito aceito é o
homossexual e o negro, já os problemas mentais que antigamente eram vistos como
pessoas “monstruosas” já esta sendo aceita pela sociedade.
O
darwinismo social não existiu apenas na Era dos Impérios, ele ainda tem forte
presença na contemporaneidade. Assim como os europeus consideravam os africanos
inferiores e se diziam solidários ao levar a civilização para eles, os
americanos atualmente utilizam como desculpa para dominar as jazidas de
petróleo no oriente médio, a necessidade de levarem a ''democracia'' á esses
povos considerados incapazes de se organizarem sozinhos. Outro exemplo do
darwinismo social está no sistema de Cotas, no qual entende-se que os negros
não possuem a mesma capacidade que os brancos, sendo então considerados
inferiores.
Fernanda
Suaiden
Apesar
de o Darwinismo Social ter sido uma ideologia usada na Era dos Impérios, ele
ainda existe nos dias de hoje.
Um
exemplo bem visível no Brasil é os nordestinos que vão para São Paulo em busca
de emprego, fazendo com que os paulistano sintam que estão roubando seus
empregos. O motivo dos paulistanos se sentirem ofendidos com essas
"invasões" é outro exemplo de pensamento darwinista. Por serem mais
tecnologicamente desenvolvidos e mais economicamente poderosos, pensam que são
superiores aos imigrantes, que são mais pobres e vivem em situação mais
precária. O problema é que essa ideologia cega os nativos, que não enxergam que
sem os imigrantes mais pobres e sua mão de obra, suas cidades ricas e
desenvolvidas não seriam nada disso, e, talvez, nem existissem.
Podemos
ver que hoje em dia existem, além desses, inúmeros exemplos de pensamentos
darwinistas e evolucionistas. Os mesmos não estão tão "expostos" na
sociedade quanto antes, mas ainda existem, mesmo com a repressão contra isso.
Marcella
Leite
Alguns
estudiosos acham que foi o próprio Darwin quem iniciou essa linha de pensamento
mas, na realidade, o criador da teoria do Darwinismo Social foi o historiador
norte-americano Herbert Spencer. Esse autor tornou popular a ideia de que os
grupos sociais evoluem através de conflitos e competição. Podemos ver na
atualidade, os conflitos que estão ocorrendo nos protestos existentes devido ao
aumento da tarifa de transportes públicos principalmente em São Paulo, onde o
povo está em busca de seus direitos, como por exemplo o aumento na qualidade de
ônibus e metrôs através da sua voz no país.
Maria
Júlia
As cotas que
hoje contam como uma boa parte das vagas para universidades públicas e privadas
no Brasil são descritas como “um meio de compensar a negros e indígenas pelo
seu passado”. Porém, após tanto tempo, após tantas revoltas para garantir seus
direitos e sua igualdade perante a sociedade, esse sistema de cotas é um meio
de dizer que os mesmos não possuem a mesma capacidade que os de outras raças e
que se não fosse por essa oportunidade dada pelo governo, eles não conseguiriam
entrar por conta própria. Assim, ao
invés de se negarem a aceitar esse meio preconceituoso de “chance”, eles a usam
apenas como uma vantagem, e acabam tirando vagas de quem realmente merece e
batalhou para conquistá-las.
Se for para ter
cotas, que seja para pessoas que vivem na pobreza, que realmente não tiveram a
chance de estudar em boas escolas, mas que fariam de tudo por essa oportunidade,
pessoas que não a desperdiçariam, que merecem tanto
quanto alguém que estudou muito, não porque não tem a mesma capacidade que
outros, nem pelo preconceito.O fato de uma
pessoa não ser branca, não quer dizer que ela seja menos inteligente. Já uma
pessoa que cresceu estudando em uma escola pública, provavelmente não terá uma
formação igual a de um aluno de escola privada, por isso merece uma vantagem.
Usar a “raça” como uma
passagem para a universidade é desperdiçar todas as revoltas pela igualdade, ignorar
todas as suas conquistas ao longo da historia, e não só aceitar como afirmar
essa inferioridade.
s sociais. A partir de então o
chamado “darwinismo social” nasceu desenvolvendo a ideia de que algumas
sociedades e civilizações eram dotadas de valores que as colocavam em condição
superior às demais.
A divulgação dessas teorias serviu
como base de sustentação para que as grandes potências capitalistas promovessem
o neocolonialismo no espaço afro-asiático. O darwinismo social acabou
inspirando os movimentos nacionalistas, que elaboravam toda uma justificativa.
Patricia Valles
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