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17/06/2013

Imperialismo e o Darwinismo Social


No ano de 1859, um estudioso chamado Charles Darwin transformou uma longa caminhada de viagens, anotações e análises no livro “A origem das espécies”. Darwin apontou que a constituição dos seres vivos é fruto de um longo e ininterrupto processo de transformação e adaptação ao ambiente. Pensadores sociais começaram a transferir os conceitos de evolução e adaptação para a compreensão das civilizações e demais práticas sociais. A partir de então o chamado “darwinismo social” nasceu desenvolvendo a ideia de que algumas sociedades e civilizações eram dotadas de valores que as colocavam em condição superior às demais.
A divulgação dessas teorias serviu como base de sustentação para que as grandes potências capitalistas promovessem o neocolonialismo no espaço afro-asiático. O darwinismo social acabou inspirando os movimentos nacionalistas, que elaboravam toda uma justificativa capaz de conferir a superioridade de um povo ou nação.



 O filme Avatar, retrata de uma forma interessante o darwinismo social utilizado muito na era dos impérios. No filme, os humanos vão explorar o planeta Pandora, aonde há uma pedra muito valiosa, que se torna o objetivo dessa exploração. O problema são os nativos da região, seres hostis e fortes. Os humanos são representados pelos cientistas e pelos militares: os militares querem invadir o planeta à força, através da guerra armada com os nativos, e os cientistas querem se aproximar destes seres, ganhar sua confiança para fazer com que eles se mudem pacificamente. Ambas são formas de dominação do território, aonde os humanos se consideram seres superiores providos de maior inteligência e por isso tem o direito de pegar os recursos do planeta para eles. São duas formas de dominação utilizadas no filme que foram muito utilizadas na dominação da África e da Ásia por parte dos europeus, que se consideravam superiores e que tinham o dever de levar a civilização aos povos considerados inferiores e ''selvagens'‘, com o interesse apenas em melhorar a própria economia, extraindo recursos naturais e garantindo mercado consumidor. 

Análise do darwinismo social atualmente:

O darwinismo não deixou de existir com o passar do tempo, hoje em dia ele ainda está muito presente. Exemplos dele são os preconceitos e estereótipos sobre o povo negro,considerados ainda hoje inferiores, o sistema de cotas por exemplo deixa a entender que os negros possuem menos capacidade que os brancos, e isso tudo tem as raízes no tráfico negreiro e no imperialismo.
Carolina Rua 

Ao longo do século XIX foi estudado por Charles Darwin o darwinismo social. Darwin expôs que as espécies se transformavam a partir de uma seleção em que características mais adaptadas a um ambiente se tornavam predominantes. Com isso, os organismos que melhor se adaptavam a um meio poderiam sobreviver através do repasse de tais mudanças aos seus descendentes.
Pensadores sociais começaram a transferir os conceitos de evolução e adaptação para a compreensão das civilizações e demais práticas sociais. A partir de então o chamado “darwinismo social” nasceu desenvolvendo a ideia de que algumas sociedades e civilizações eram dotadas de valores que as colocavam em condição superior às demais.De fato, o darwinismo social criou métodos de compreensão da cultura impregnados de equívocos e preconceitos. Ou seja, quem não era de acordo com a adaptação da sociedade sendo negro, gordo, alto, homossexual, problemas mentais e entre outros.. Não é muito aceito cuja a sociedade exige que esteja no padrão comum. Hoje em dia o que não é muito aceito é o homossexual e o negro, já os problemas mentais que antigamente eram vistos como pessoas “monstruosas” já esta sendo aceita pela sociedade.
Douglas Ponce 


O darwinismo social não existiu apenas na Era dos Impérios, ele ainda tem forte presença na contemporaneidade. Assim como os europeus consideravam os africanos inferiores e se diziam solidários ao levar a civilização para eles, os americanos atualmente utilizam como desculpa para dominar as jazidas de petróleo no oriente médio, a necessidade de levarem a ''democracia'' á esses povos considerados incapazes de se organizarem sozinhos. Outro exemplo do darwinismo social está no sistema de Cotas, no qual entende-se que os negros não possuem a mesma capacidade que os brancos, sendo então considerados inferiores. 
Fernanda Suaiden

Apesar de o Darwinismo Social ter sido uma ideologia usada na Era dos Impérios, ele ainda existe nos dias de hoje.
Um exemplo bem visível no Brasil é os nordestinos que vão para São Paulo em busca de emprego, fazendo com que os paulistano sintam que estão roubando seus empregos. O motivo dos paulistanos se sentirem ofendidos com essas "invasões" é outro exemplo de pensamento darwinista. Por serem mais tecnologicamente desenvolvidos e mais economicamente poderosos, pensam que são superiores aos imigrantes, que são mais pobres e vivem em situação mais precária. O problema é que essa ideologia cega os nativos, que não enxergam que sem os imigrantes mais pobres e sua mão de obra, suas cidades ricas e desenvolvidas não seriam nada disso, e, talvez, nem existissem.
Podemos ver que hoje em dia existem, além desses, inúmeros exemplos de pensamentos darwinistas e evolucionistas. Os mesmos não estão tão "expostos" na sociedade quanto antes, mas ainda existem, mesmo com a repressão contra isso.
Marcella Leite

Alguns estudiosos acham que foi o próprio Darwin quem iniciou essa linha de pensamento mas, na realidade, o criador da teoria do Darwinismo Social foi o historiador norte-americano Herbert Spencer. Esse autor tornou popular a ideia de que os grupos sociais evoluem através de conflitos e competição. Podemos ver na atualidade, os conflitos que estão ocorrendo nos protestos existentes devido ao aumento da tarifa de transportes públicos principalmente em São Paulo, onde o povo está em busca de seus direitos, como por exemplo o aumento na qualidade de ônibus e metrôs através da sua voz no país.
Maria Júlia

  
As cotas que hoje contam como uma boa parte das vagas para universidades públicas e privadas no Brasil são descritas como “um meio de compensar a negros e indígenas pelo seu passado”. Porém, após tanto tempo, após tantas revoltas para garantir seus direitos e sua igualdade perante a sociedade, esse sistema de cotas é um meio de dizer que os mesmos não possuem a mesma capacidade que os de outras raças e que se não fosse por essa oportunidade dada pelo governo, eles não conseguiriam entrar por conta própria. Assim,  ao invés de se negarem a aceitar esse meio preconceituoso de “chance”, eles a usam apenas como uma vantagem, e acabam tirando vagas de quem realmente merece e batalhou para conquistá-las.
Se for para ter cotas, que seja para pessoas que vivem na pobreza, que realmente não tiveram a chance de estudar em boas escolas, mas que fariam de tudo por essa oportunidade, pessoas que não a desperdiçariam, que merecem tanto quanto alguém que estudou muito, não porque não tem a mesma capacidade que outros, nem pelo preconceito.O fato de uma pessoa não ser branca, não quer dizer que ela seja menos inteligente. Já uma pessoa que cresceu estudando em uma escola pública, provavelmente não terá uma formação igual a de um aluno de escola privada, por isso merece uma vantagem.
Usar a “raça” como uma passagem para a universidade é desperdiçar todas as revoltas pela igualdade, ignorar todas as suas conquistas ao longo da historia, e não só aceitar como afirmar essa inferioridade.
s sociais. A partir de então o chamado “darwinismo social” nasceu desenvolvendo a ideia de que algumas sociedades e civilizações eram dotadas de valores que as colocavam em condição superior às demais.
A divulgação dessas teorias serviu como base de sustentação para que as grandes potências capitalistas promovessem o neocolonialismo no espaço afro-asiático. O darwinismo social acabou inspirando os movimentos nacionalistas, que elaboravam toda uma justificativa.
Patricia Valles
         




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