Bose, Bimal K. (2006). Power Electronics and Motor Drives :
Advances and Trends
Um motor elétrico é uma máquina elétrica que converte
energia elétrica em energia mecânica. É o mais usado de todos os tipos de
motores, pois combina as vantagens da energia elétrica (baixo custo, facilidade
de transporte, limpeza e simplicidade de comando) com sua construção simples,
custo reduzido, grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos
tipos e melhores rendimentos.
Hoje, em face da grande necessidade de se poupar a
camada de ozônio da emissão de gases poluentes, os motores elétricos estão
sendo largamente utilizados em veículos automotores com o intuito de economizar
energia e poupar o meio ambiente. Gases poluentes, como o dióxido de carbono
que é liberado dos escapamentos de veículos automotores e das chaminés das
fábricas, têm um grande poder de destruição na camada de ozônio.
Pequenos motores podem ser encontrados em relógios
elétricos. Motores de uso geral com dimensões altamente padronizados e
características fornecer energia mecânica conveniente para o uso industrial. O
maior dos motores elétricos são usados para a propulsão do navio, compressão de
gasodutos e aplicações de armazenamento bombeado com classificações aproximando
um megawatt. Os motores elétricos podem ser classificados por tipo de fonte de
energia elétrica, construção interna, aplicação, tipo de saída de movimento, e
assim por diante.
Tudo começa com o grego Tales de Mileto que, em 41
a.C. ao esfregar um pedaço de resina fóssil em um pano, a resina parecia atrair
pequenos corpos, como fios de cabelo. William Gilbert, em 1600, descobriu que
além da resina experimentada por Tales, muitos outros materiais poderiam atrair
se fossem friccionados. A partir desse marco muitos inventos surgiram. Foi em
1663, o alemão Otto Von Guericke construiu a primeira máquina eletrostática,
que transformava energia mecânica em energia elétrica. Porém somente após o
final do século XVIII, com o dinamarquês Hans Christian Oersted e o francês
André Marie Ampère que foi dado realmente o primeiro e grande passo ao
surgimento do motor elétrico. E então, entre 1831 quando Faraday comprovou o
eletromagnetismo e 1886 quando o cientista alemão Werner Von criou o primeiro
motor elétrico.
O funcionamento dos motores elétricos está baseado nos
princípios do eletromagnetismo, mediante os quais, condutores situados num
campo magnético e atravessados por corrente elétrica, sofrem a ação de uma
força mecânica, força essa chamada de torque.
Existem vários tipos de motores elétricos, dos quais
os principais são os de corrente contínua e de corrente alternada. Os motores
de corrente contínua são mais caros, pois é necessário um dispositivo que
converte a corrente alternada em corrente contínua. Já os motores de corrente
alternada são mais baratos e os mais utilizados, pois a energia elétrica é
distribuída em forma de corrente alternada, reduzindo assim seu custo.
De acordo com sua modalidade construtiva os motores de
corrente contínua são do tipo shunt, série e compound. Os shunt são empregados
quando as características de partida (torque e aceleração) não são muito
rígidas como, por exemplo, nas turbo-bombas, ventiladores, esteiras, etc. Estes
motores caracterizam-se, também, por operarem com velocidades mais ou menos
constantes. Os modelos série são empregados quando o conjugado de partida é
muito grande, como nos guindastes, pontes rolantes e compressores. O compound
emprega-se quando há necessidade de partida elevada e funcionamento constante,
ou seja, é um motor com as características dos dois anteriores. São empregados
para acionamento de bombas alternativas, comprimidores cilídrincos de lâminas
(calandras), etc.
Os
motores elétricos de corrente alternada usualmente utilizados para o
acionamento de bombas hidráulicas pertencem a uma das seguintes categorias:
- Motor síncrono: o princípio de funcionamento do motor síncrono
baseia-se na interação de dois campos magnéticos, ou seja, um campo girante
produzido no estator por corrente alternada e um campo fixo no rotor produzido
por corrente contínua (rotação do eixo igual a rotação síncrona). Estes motores
tem uma velocidade de rotação, denominada develocidade
de sincronismo, constante e rigorosamente definida pela frequência da
corrente e pelo número de pólos.
- Motor assíncrono: nos motores de indução ou assíncronos, onde os mais
comuns são os trifásicos, o princípio de funcionamento baseia-se na indução de
um campo girante com velocidade síncrona, produzido por bobinas alimentadas por
um sistema de compensadoras automáticas, sobre espiras curto-circuitadas que
possam girar em torno de um eixo. Esta indução cria uma força eletromotriz nas
espiras que, por sua vez, produzem campos girantes que atraem as espiras de
modo que cada espira gera um campo reagente com a tendência de anular o efeito
do campo girante, cuja somatória de reações elevam a força de atração.
Com a figura abaixo, você pode ver com complexidade,
a formação de um motor elétrico:
Simplificando a figura acima
obtemos:
Veja também como é possível montar
um motor elétrico caseiro com baixo custo de produção:
A obra em questão é muito boa por explicar com
complexidade o estudo de motor elétrico, e além disso sobre geradores também,
de forma muito completa. Esse estudo é recomendado para pessoas que se
interessam pelo assunto, sendo que estejam ao menos no Ensino Médio para que
assim possa ter a absorção de todos os conceitos e teorias que formam este
aparelho, o que não impede um aprofundamento para aqueles que estudam no Ensino
Superior.
Bimal Kumar Bose, também conhecido como B.K.
Bose, é um engenheiro eletricista, pesquisador de inteligência artificial,
cientista, educador e, atualmente, professor de eletrônica de potência no
Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação na Universidade do
Tennessee, Knoxville.
Este trabalho crítico foi realizado pelos alunos Julia Manzo,
Marcela Borges, Rafael Negreiros, Priscila Palau e Talia Cócca do Colégio
Universitas – Ensino Médio em Santos, SP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário