Semana
passada líderes do G-20 se reuniram na Rússia para mais um de seus encontros. Antes
de tudo é valido relembrar o que é o famoso G-20: um grupo que foi criado em 1999,
após as sucessivas crises financeiras da década de 1990. Visa favorecer a
negociação internacional, integrando o princípio de um diálogo ampliado, alem
de outros interesses. A respeito desse o Banco Central do Brasil diz: “G-20 é um fórum informal que promove debate aberto e
construtivo entre países industrializados e emergentes sobre assuntos-chave
relacionados à estabilidade econômica global. O G-20 apoia o crescimento e o
desenvolvimento mundial por meio do fortalecimento da arquitetura financeira
internacional e via oportunidades de diálogo sobre políticas nacionais,
cooperação internacional e instituições econômico-financeiras internacionais.”
Em um
encontro de cúpula da ultima semana trouxe a tona um assunto bastante comentado
atualmente: A Síria. O que acabou gerando divisões entre alguns países. Como temos
observado A República Árabe Síria enfrenta, desde março de 2011, uma guerra
civil que já deixou pelo menos 110 mil mortos, destruiu a infraestrutura do
país e gerou uma crise humanitária regional, conforme informações do portal de
notícias G1.
Durante as discussões
na cúpula, os países que manifestaram comprometimento com uma ação militar na
Síria foram apenas os Estados Unidos e a França. Já a China e a Rússia dizem
que qualquer ação sem o aval da ONU seria ilegal. Um porta-voz da Presidência
russa afirmou que o G20 está dividido "ao meio", com alguns países buscando
uma ação apressada, enquanto outros preferem tramitar pelo Conselho de
Segurança da ONU.
Essa decisão
dos Estados Unidos vem baseada na acusação contra as forças do presidente
sírio, Bashar al-Assad, por ter matado 1.429 pessoas em um ataque com gás no
dia 21 de agosto nos subúrbios de Damasco. Porem o Presidente culpa os
rebeldes.
Para
apimentar um pouco as divisões o uso das redes sociais foi bastante significativo.
Rússia e Estados Unidos iniciaram um duelo verbal sobre a Síria no Twitter, no qual deixaram
claro que suas posturas sobre uma possível ação militar contra o país árabe
continuam sendo opostas.
“Este é
exatamente o argumento que utilizou o governo Bush para explicar sua agressão
contra o Iraque. O resultado já o conhecemos", disse Alexei Pushkov,
chefe do Comitê das Relações Exteriores da Câmara dos Deputados da
Rússia, em sua conta no Twitter.
Sem demora o embaixador dos EUA retrucou: "Falsa analogia. Ao contrário de 2003, ninguém
dúvida que o regime (de Bashar al-Assad) tem armas (químicas) e que as usou.
Nós não invadiremos"
Ainda
insistindo no caso o deputado russo comentou: "Correta analogia: Bush
estava buscando um pretexto para invadir o Iraque, Obama procura um pretexto
para derrubar Assad".
"As
falsas analogias são muito perigosas. Isso não é verdade. Obama não procura
derrubar Assad. Tenta defender as normas internacionais sobre o não uso de
armas químicas. A mudança de regime não é o objetivo. Escute Obama",
replicou McFaul. E as discussões não pararam por ai, Pushkov continuou dizendo
que os Estados Unidos agem como se todos apoiassem o ataque.
Fora dessa
discussão os Estados Unidos afirmaram que não vão esperar relatórios da ONU
para tomar uma atitude e que não voltaria atrás no que disseram anteriormente
em que fosse necessário chegar a uma terceira guerra mundial. A China
advertiu que uma intervenção militar na Síria vai prejudicar a economia mundial
e elevar o preço do petróleo, reforçando a tentativa do presidente russo, Vladimir
Putin, de convencer o presidente dos EUA, Barack Obama, a desistir de realizar
ataques aéreos. Como a Rússia, um dos principais fornecedores de armas à Síria,
a China tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU. Assim, Obama não
deve obter a aprovação do Conselho de Segurança para uma ação militar na Síria,
mas está buscando a aprovação do Congresso dos EUA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário