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23/09/2013

Tudo meu vs. tudo nosso

Após a revolução russa, o mundo rapidamente se dividiu em duas partes: os comunistas e os capitalistas. Divergências e desacordos à parte, estes sempre viveram em "harmonia", até o período da guerra fria. Mas não é aí onde queremos chegar...

Durante a 1a guerra mundial, essa separação ficou clara pelo sentimento nacionalista dos países com tendências socialistas que, junto à Rússia, viriam a formar a União Soviética. Um por todos, mas estariam todos por um?

A grande questão é: afinal, quais são essas diferenças que geram tanta rivalidade e briga de bar?

O básico é simples de se entender: o capitalismo defende o que é meu, e o comunismo quer dividir o que é meu com todo mundo. Fale isso para uma criança que acabou de ganhar uma bicicleta de Natal e já vai ouvir um "comunistas le-lés!".

O comunismo na verdade é um estado mundial onde não existe governo, países, ou qualquer tipo de instituição privada. É parecido com como vivem algumas aldeias indígenas: o que é meu é de todos, e o que é de todos também é meu. Nesse pensamento, não há espaço para vandalismo, nem assaltos, nem corrupções monetárias.

Para chegar a esse estado de comunismo, que nunca existiu na prática durante toda a História, existem vários meios. Os mais conhecidos são o anarquismo e o socialismo.

Cada um desses "caminhos" se divide em várias outras linhagens de pensamento, mas basicamente, o socialismo defende que só chegaremos ao comunismo pela imposição de um governo firme, para moldar o pensamento das pessoas, enquanto o anarquismo defende que qualquer forma de política deve ser derrubada o mais rápido possível.

Mas e o capitalismo? Bom, esse é o mais fácil de entender. O capitalismo está presente em nossos pensamentos e ações diárias desde que somos crianças. O capitalismo está em cada propaganda de televisão, em cada desenho infantil, em cada maço de cigarro, em cada convênio de saúde. Ele é aquele sistema que diz que cada um deve cuidar do que é seu, ter a sua propriedade e arcar com suas próprias responsabilidades. Um pensamento cruel? Às vezes sim, às vezes não.

O capitalismo tem como base as teorias do liberalismo, as quais também se divergem em várias subcategorias. O liberalismo selvagem, o original mesmo, diz que o comércio deve ser totalmente livre, as instituições devem ser totalmente privadas e ai de quem discordar disso!

Felizmente, desde a crise americana de 1929, esse modelo frio e calculista está ultrapassado. Apesar de continuar frio, o modelo capitalista dominante no mundo atualmente é algo um pouco humano, que não despreza totalmente serviços públicos e ainda tem um pingo de consciência comunitária. Em tese.

Sem defesas pessoais sobre o que é melhor ou pior: a informação sobre as teorias de esquerda e direita são indispensáveis para que um cidadão saiba fazer escolhas melhores, sempre considerando os interesses que vêm por trás disso. Existem críticas e corrupções em ambos os lados, prós e contras, altos e baixos. O que não se pode deixar de lado é a imparcialidade.

Não, o capitalismo não é o mal da humanidade.

Não, os comunistas não comem criancinhas no café da manhã.


Quem sabe, se com mais informação e mentes mais abertas e pensantes, quantas guerras e mortes teriam sido evitadas!

Um comentário:

  1. Ficou um pouco estereotipado....quase uma caricatura. MAs gostei por não ter sido uma mera cópia de outro texto. No entanto, é bom pensar um pouco mais sobre esses regimes políticos e sistemas de Estado.

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